Cultos afro-brasileiros
Os cultos afro-brasileiros têm sua origem nos negros africanos trazidos pelos portugueses para o Brasil, a partir do século 16, mas sofreram um sincretismo (fusão) com o catolicismo colonial e as práticas fetichistas dos índios. De acordo com as regiões do país, recebem nomes diferentes, e também apresentam diferentes linhas conforme as entidades invocadas.
Podem ser divididos em Um banda, Quimbanda, Candomblé e Xangô: religiões animistas,
politeístas, fetichista e mitológica. Às entidades que recepcionam oferecem sacrifícios, danças, ritos
e cerimônias, cujo objetivo é obter favores de tais espíritos.
A princípio, permaneceram limitados em sua própria com unidade, que pertencia às camadas mais pobres da sociedade. Daí terem sido classificados, durante muito tempo, com o baixo espiritismo, para que fossem diferenciados do alto espiritismo (ou seja, kardecismo), de origem francesa e que atraía a elite da sociedade.
A Umbanda tem um caráter mais doutrinário, pois reuniu elementos do catolicismo e do kardecismo, tanto é que existe uma faculdade de teologia um bandista. Mas, no geral, essas religiões não se preocupam com a vida futura, apenas recompensas e castigos nesta vida. E muito menos se preocupam com o que é moralmente bom ou mau ou com o que é doutrinariamente falso ou verdadeiro.
Os orixás, nos cultos afros, seriam intermediários entre Deus e os homens, uma vez que o próprio Deus é impessoal e inacessível. Muitos desses orixás foram identificados com santos do catolicismo, num a tentativa dos escravos de tornarem seu culto aceitável. Enquanto a Umbanda mantém uma ligação com o kardecismo, o Candomblé e sua linha estão mais relacionados com o catolicismo popular.
A Umbanda aceita a doutrina do carma e ensina que quando alguém morre sua alma é integrada à energia cósmica. Crê, ainda, que o perdão pode ser alcançado mediante rezas e purificações. Para tanto, realiza rituais especiais com banhos e defumadores.
FONTE: APOLOGÉTICA ICP